Dirigido por Richard Linklater, no ano de 2001, Acordar Para Vida não é um filme para todos os públicos, por mais que sua estética chame a atenção, sua temática é um pouco densa.
O enredo conta a história de um jovem que, ao não conseguir acordar de um sonho começa a ver e interagir com pessoas reais dentro do seu sonho. Criando assim um mundo imaginário.
No desenrolar da história cada personagem novo mostrará e explicará os sentidos da consciência e do onírico, assim o mundo imaginário responde as dúvidas do protagonista usando o intermédio de personagens reais. Entendeu?
Em outras palavras, o filme aborda questões filosóficas sobre o existencialismo, conseguindo colocar no enredo ideias de Sócrates, Sartre, Nietzsche entre outros, isso tudo é contado de forma não linear e em animação.
É um filme bonito que chama a atenção pela maneira como o tema é discutido e por sua arte. Filmado inteiramente com pessoas reais e posteriormente submetido a uma técnica em que se desenha sobre a película do filme.
O resultado é uma animação que incomoda e prende, os produtores conseguem utilizar todos os recursos para fazer uma viagem sensorial, assim o estilo de animação se altera conforma a situação ou assunto.
Não é para qualquer público, mas aqueles que gostam de cinema, filosofia e animação irão gostar, mas ainda será necessário assistí-lo duas, ou mais vezes para absorver tudo que oferece. É antes de mais nada um filme filosófico.
Entre outros pêmios recebeu três indicações ao Independent Spirit Awards, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Ganhou os prêmios Cinema do Futuro e Lanterna Mágica, no Festival de Veneza.
A trilha sonora ajuda muito o clima lúdico do filme e é interessante.
Direção/ Produção: Richard Linklater
Elenco: Julie Delpy, Ethan Hawke, Guy Forsyth, Timothy "Speed" Levitch, Louis Mackey
Ano: 2001
A técnica de animação utilizada, a rotoscopia é a mesma usada em outro filme do diretor Linklater, "O Home Duplo" (A Scanner Darkly, 2006).
ResponderExcluirEssa técnica consiste na filmagem de todas as cenas com atores, e um trabalho extenso de animação "por cima" de cada frame.
Se não me engano é utilizado um software chamado rotoshop, e a técnica ainda não é algo comum em outros filmes estando presente ao longo de toda a metragem.
Mas é fato que dá um aspecto único para a obra.
Eu fiz a crítica do filme "O Homem Duplo", e se quiser conferir é só visitar o
http://ibaldomarcel.blogspot.com/2009/08/o-homem-duplo-2006.html
Valeu pela postagem.
Muito massa.
ResponderExcluirAinda estou devendo de assistir ao Waking Life, mas Scanner Darkly utiliza a mesma técnica de animação, rotoscopia, e é um longa-metragem muito legal.
Como o Ibaldo disse, é um tanto incomum de percebermos essa técnica no cinema, mas uma das últimas vezes a qual foi utilizada, foi no longa metragem Waltz With Bashir (Valsa com Bashir) de Ari Folman.
De qualquer forma, muito massa a postagem. Me deixou com ainda mais vontade de assistir a obra!
Curti.
E a crítica do Valsa Com Bashir, confere aqui
ResponderExcluirhttp://ibaldomarcel.blogspot.com/2009/07/valsa-com-bashir-2008.html